Marcus Gronholm: «Não tenho ideia quem será campeão. Quatro pontos não são nada»

A luta pelo título Mundial de ralis entre Marcus Gronholm e Sébastien Loeb está agora presa por somente quatro pontos, quando há quinze dias atrás, totalizava dez. À primeira vista pode parecer mau para o finlandês, mas a verdade é que tudo correu, mais ou menos dentro do previsto.

Tudo porque se trataram de duas provas em asfalto, terreno, assumidamente, fora das preferências do finlandês, e, curiosamente, cada uma delas a “casa” dos seus adversários da Citroen. Esperava-se e confirmaram-se as duas vitórias de Loeb, e na Catalunha não surpreendeu ninguém a intromissão de Dani Sordo entre os dois candidatos. Se não o fizesse ali, não o faria em lado nenhum.

Neste contexto, não se pode dizer que Marcus Gronholm tenha assumido o papel de figurante. O finlandês cumpriu os objectivos delineados para a prova – que eram tão somente ficar atrás de Loeb e na frente do seu “guarda-costas”, Daniel Sordo – mostrando-se cada vez mais forte no asfalto e deixando em aberto que, num terreno “virgem” e neutro, como será o do Rali da Irlanda, será preciso claramente contar com ele para discutir os 10 pontos da vitória, até porque essa será mesmo a sua última oportunidade da sua carreira para conquistar um triunfo num rali de alcatrão.

No entanto, é bom não esquecer que antes da Irlanda, haverá ainda a disputar o Rali do Japão, a altura ideal para Gronholm lançar o “contra-ataque” dilatar os quatro pontos de vantagem de que dispõe agora na corrida pelo título já que, em caso de igualdade, depois do Rali de Gales, a “taça” irá sempre parar às mãos do pequeno francês:

«Será uma grande luta nas três provas que faltam para terminar o Mundial, e não tenho ideia quem será o campeão. Quatro pontos não são nada, especialmente quando temos três provas pela frente. Cedi somente dois pontos ao Loeb na sua prova mais forte da época, e permaneço na liderança após duas provas em asfalto, e tendo em conta que em três ralis que faltam dois são em terra, está tudo em aberto. A única certeza, é que serão três grandes ralis…»