Fernando Peres: «Os primeiros depois dos S2000»
Após alguns contratempos mecânicos nas provas anteriores, Fernando Peres ruma a Mortágua com o Mitsubishi Evo IX totalmente revisto, o que poderá permitir à dupla a obtenção dum bom resultado, que, conforme o piloto várias vezes tem referido esta época, ser o primeiro depois dos S2000, que há muito já concluiu serem mais competitivos que o seu Lancer.
S2000 à parte, a primazia entre os grupo N convencionais é novamente o objectivo da dupla representante dos Açores na competição organizada pelo Clube Automóvel do Centro.
Num olhar sobre a estrutura da penúltima prova do Campeonato Nacional de Ralis, Fernando Peres adianta “o piso das especiais implica maiores cautelas, representando dificuldades adicionais, mas tudo faremos no sentido de dar o nosso melhor, para podermos ter uma presença activa na luta pelas posições cimeiras…”.
Convicto estarem ultrapassados os problemas técnicos que condicionaram as suas prestações no Rallye Centro de Portugal, os campeões dos Açores mostram-se surpreendidos pelos facto da diferença de desempenho entre os dois Lancer Evo IX da equipa, um facto assim comentado “apesar de terem a mesma origem e preparador, o utilizado no Campeonato dos Açores não tem causado problemas, o que não tem acontecido com o que dispomos para o Nacional…”.
Que objectivos tem para o Rali de Mortágua?
Queremos ser o melhor Grupo N tradicional. Os reconhecimentos correram bem. Falta-nos ainda fazer um teste para experimentarmos o motor que foi feito após os problemas de aquecimento que tivemos no Rali do Centro. Sabemos que, em condições normais, não deveremos conseguir andar à frente dos S2000, pelo que tentaremos ser o seu mais próximo perseguidor.
Delineou alguma estratégia especial para o rali, será desta o azar vai acabar?
A estratégia é atacar desde o primeiro metro. Ao contrário do que se passou a semana passada nos Açores, no Nacional não temos qualquer lugar a defender pelo que o objectivo é conseguir o melhor resultado possível. É um rali só com seis classificativas (mais a super-especial) pelo que não podemos ceder terreno sob o risco de não o podermos recuperar. A primeira classificativa de sábado tem quase 25 Kms, pelo que qualquer distracção ou falta de ritmo se podem traduzir num atraso irrecuperável. Sabemos também que é um rali em que se pode furar com alguma facilidade (nos reconhecimentos aconteceu-nos duas vezes) e isso pode alterar completamente o resultado da prova. Quanto ao carro, esperemos que esteja a 100%. Infelizmente nem sempre acontece. A mecânica e a electrónica surpreendem qualquer um quando menos se espera. Este ano, dois carros feitos no mesmo preparador, guiados pelo mesmo piloto, assistidos pela mesma equipa técnica têm tido comportamentos diferentes. Continuamos a trabalhar para nos apresentarmos sempre ao melhor nível.
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