Pedro Lamy director do AutoSport por uma semana
Para quem não teve oportunidade de ler no jornal, aqui fica uma sinopse do que foi a passagem de Pedro Lamy pela direcção do Autosport, na passada semana.
Pedro Lamy numa corrida de resistência ao sprint
Uma corrida de “resistência” com um final ao “sprint”, foi o desafio que lançamos a Pedro Lamy. Desta vez, trocando o volante do Peugeot 908 HDI FAP, pela direcção “assistida” do AutoSport.
Durante uma semana o piloto português com maior palmarés internacional esteve na redacção do semanário dos campeões, para acompanhar e tomar decisões sobre a concepção e produção do jornal. Para o warm-up, uma reunião de plano em que se desenhou a “estratégia” de corrida, ou seja a planificação do jornal, com a distribuição de tarefas e de trabalhos. Pedro Lamy definiu alguns dos artigos para as rubricas específicas, como a entrevista-carreira: «Devíamos fazer com o Nicha Cabral, porque é um homem com histórias muito interessantes, e convém sempre recordar que foi o primeiro português na F1.»
Relativamente à Fórmula 1, Pedro Lamy gostaria de ver dissecados os erros da McLaren e também mostrar que esta foi uma das épocas mais competitivas de sempre da Fórmula 1, quando comparada com as “grandes colheitas” da história da disciplina: «Julgo que esta época fez disparar o interesse da Fórmula 1 e voltou a trazer adeptos à disciplina, já que voltou a haver “clubismo” e legiões de fãs a dividirem-se nas suas preferências.»
Ritmo “aperta” ao domingo
Depois de ter a estratégia montada, o nosso director foi acompanhando o ritmo de corrida, lento no início, para ir “aquecendo” os pneus e não “desgastar” muito a “mecânica”; para aumentar o ritmo a partir de quinta-feira: «Na sexta-feira temos de fechar o primeiro caderno – o central com oito páginas, depois no domingo já tem de ser mais a abrir, já que um caderno de 16 páginas tem de estar fechado às 13h, outro logo a seguir às 15h, e o último caderno (que é do capa), às 19h.»
É precisamente ao domingo que o AutoSport mete o pé na tábua com cerca de trinta e tal páginas para fechar. E Pedro Lamy, habituado a fazer voltas-canhão e a trabalhar contra o relógio, manteve sempre a direcção com frieza e bom humor, escolhendo fotografias, discutindo os títulos e delineando a capa. Pedro Lamy soube gerir os imponderáveis de corrida com calma e eficácia, e nem sequer se assustou com uma “partidinha” do departamento de publicidade, que já perto do fecho o informou que tinha ?saltado? uma página de publicidade, e havia portanto uma página em branco para encher: «Não tem problema, pomos uma foto grande minha com os meus patrocinadores e uma legenda. Ou então se for preciso, coloco uma página de publicidade da minha empresa.» Afinal não foi preciso, e Pedro Lamy lá conduziu o semanário dos campeões até à bandeira de xadrez nº1592, na certeza de ?ter feito uma boa corrida».
Como fazer uma capa do AutoSport
Sei que as capas do AutoSport são normalmente muito discutidas e até motivo de polémicas. No fundo acho que o desafio é criar uma capa que reflicta o que de mais importante se passou, e sobretudo, que interesse ao maior número de leitores. É que eu cá não quero que me peçam contas por uma quebra nas vendas. Por isso, e tendo em conta que há regras gráficas para cumprir e que um tema tem de se sobrepor a todos os outros, optei pela vitória do Álvaro Parente numa competição que é a antecâmara da F1. Penso que é uma proeza notável. Tenho pena que isso nos obrigue a reduzir o destaque dado à vitória do Bruno Magalhães, no Nacional de Ralis, ou mesmo a outros temas como uma entrevista ao Kimi Raikkonen, ou a vitória do Pedro Petiz no Megane Trophy. Mas escolher uma capa é muito mais complexo que parece, já que temos também de adequar as fotografias e os títulos aos espaços disponíveis. Além disso, a escolha da capa é um processo de decisão conjunto, apesar do director ter a última palavra. E nesse sentido julgo que o mais importante é mesmo, tendo a consciência de que nunca iremos agradar a todos, é agradar ao maior número de leitores possível.
Os mais e os menos de Pedro Lamy
Sinal +
* Poder de seleccionar e definir as prioridades de edição e sugerir trabalhos jornalísticos, segundo a minha visão da importância das diversas disciplinas e do potencial interesse dos leitores
* Coordenar o trabalho de uma equipa em ritmo de fecho com horários de ?controlo? muito apertados, e perceber que tal como nas corridas, todos são importantes para os resultados: dos paginadores aos fotógrafos, dos jornalistas à fase da produção e distribuição
Sinal –
* As limitações de espaço em termos de páginas e o fecho dos cadernos com horários que não nos permitem alinhar o jornal como queremos, mas sim conforme os horários em que acabam as provas. Não é fácil, e obriga-nos a fazer alguns sacrifícios
* Num domingo de fecho não há tempo para almoços como deves ser, e por isso ir buscar hambúrgueres e comer à pressa. O pior desta experiência foi mesmo o almoço.
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