Diz que é uma espécie de “Jackpot”

Se a presença de Pedro Lamy ao volante do carro “0” já constituía um excelente chamariz para a prova do Clube Automóvel do Algarve, sobretudo após o sucesso mediático em que se transformou a estreia de Tiago Monteiro há um ano, então imagine-se como terá sido recebida a notícia de que Stéphane Sarrazin, precisamente o colega de equipa de Lamy na Peugeot Sport, estaria no Rali Casinos do Algarve num segundo 207 S2000?

Como dizia o comunicado oficial da Peugeot Portugal, saiu o “jackpot” aos organizadores da última ronda do calendário, que contarão com nada menos do que quatro representantes desta nova e promissora categoria à partida da sua prova, pois também à última hora chegou a confirmação que Nuno Barroso Pereira correria num Fiat Grande Punto S2000, alugado em Itália por intermédio da Opção 04.

Como alguém escreveu num fórum, só faltava mesmo a Mitsubishi apresentar Armindo Araújo como último trunfo na tentativa de chegar ainda ao título de Marcas, objectivo que parece cada vez mais ao alcance da Peugeot.

Bruno versus Sarrazin

Em todo o caso, será curioso verificar o que Bruno Magalhães, já coroado Campeão Nacional Absoluto de Pilotos, conseguirá fazer diante de um adversário em carro semelhante e com a cotação de Stéphane Sarrazin. Mais do que a sua recente vitória no Campeonato Le Mans Series, ao lado de Pedro Lamy, ou mesmo a sua incursão pela F.1, primeiro com a Prost Grand Prix e depois com a Toyota, importa mesmo relembrar o seu fulgurante passado na disciplina, nomeadamente quando garantiu o título francês logo no seu ano de estreia (2004), ou quando logo de seguida se projectou no Mundial da especialidade, onde chegou a ser piloto oficial da Subaru World Rally Team, pontuando em seis ralis de asfalto (duas vezes na Córsega e na Alemanha e uma vez no Monte Carlo e na Catalunha).

Mesmo sem conhecer o terreno e tão pouco o carro da Peugeot Sport, é certo e sabido que este multifacetado francês é um especialista em asfalto e um piloto que se adapta rapidamente a qualquer circunstância. Se haverá tácticas de equipa? Bom, esse é um assunto que Carlos Barros, o director desportivo da Peugeot Total, prefere, para já, contornar, limitando-se a dizer que… «isso depois se verá».

E o que todos também querem ver é que o poderá fazer José Pedro Fontes, agora ao lado de Paulo Fiuza, após o seu infeliz acidente em Mortágua, numa prova em que tem como objectivo principal recuperar a vice-liderança a Vítor Pascoal e só depois a procura daquele que seria o seu primeiro triunfo absoluto do ano (e também da carreira). Na habitual luta pelo melhor lugar entre os Grupo N convencionais, Mex tem ainda a ambição de roubar a quarta posição do campeonato a Fernando Peres, partindo os dois separados por quatro pontos.

Outras lutas

Por decidir estão ainda os títulos do Agrupamento de Turismo, onde Francisco Barros Leite terá de gerir uma vantagem de dez pontos sobre Pedro Leal, e do Campeonato Até 1600 cc, onde apenas três pontos separam Carlos Matos da esperada consagração.

Bem mais animada promete ser a discussão pela vitória final no Challenge C2/Total, onde cinco pilotos podem ainda ambicionar o troféu, com a particularidade de três deles – Paulo Antunes, Frederico Gomes e Rodrigues Ferreira – partirem ex-aequo na liderança com os mesmos 180 pontos.

De resto, e ao contrário do que se passa nos Clássicos, tudo em aberto também no Campeonato Regional de Ralis do Sul, apesar de José Merceano partir para esta decisiva prova com confortáveis 14 pontos de vantagem sobre Pedro Duarte e 16 relativamente a Bruno Andrade.

PONTOS A RETER

Embora desenrolando-se no mesmo local dos últimos anos, a Super Especial de abertura, prevista para a noite de sexta-feira, foi redesenhada para garantir maior espectáculo ao público, num trabalho que contou com a colaboração do piloto Ricardo Teodósio;

Em relação aos troços de sábado, a única novidade é mesmo a parte final da especial “Serra de Monchique”, que é totalmente nova, sendo caracterizada por uma série de espectaculares ganchos;

O Parque Fechado e o Parque de Assistência voltam a estar concentrados na Zona Ribeirinha de Portimão, enquanto o Centro Operacional do rali se mantém no Hotel Algarve Casino, junto à praia da Rocha.

PROGRAMA

Sexta-feira, 23 de Novembro

Conferência de Imprensa pré-rali 16h00

Entrada em Parque Fechado 15h00/17h00

1ª Etapa/1ª Secção

Partida – Passeio Ribeirinho 20h30

Parque de Assistência (20m) 20h30

PE 1 – Super Especial (1,5 km) 21h10

Parque de Assistência (20m) 21h40

Chegada – Parque Fechado 22h00

Sábado, 24 de Novembro

1ª Etapa/2ª Secção

Partida – Passeio Ribeirinho 08h45

Parque de Assistência (20m) 08h45

PE 2 – Alferce (10,64 km) 09h43

PE 3 – Serra de Monchique 1 (18,68 km) 10h28

PE 4 – Fóia 1 (12,31 km) 11h06

Reagrupamento – Heliporto Monchique 11h28

1ª Etapa/3ª Secção

Partida – Heliporto Monchique 12h13

PE 5 – Monchique 1 (16,95 km) 12h31

Final do rali para o CNCR 14h23

Final do rali para o CRRS 14h43

Parque de Assistência (20m) 13h16

PE 6 – Serra de Monchique 2 14h39

PE 7 – Fóia/Chilrão (24,54 km) 15h12

PE 8 – Monchique 2 16h02

Parque de Assistência (20m) 16h47

Chegada – Passeio Ribeirinho 17h07

Cerimónia do Pódium – Casino Portimão 17h40

Nota: O primeiro concorrente do CNCR partirá 3 minutos após o último do CNR. Por sua vez, a primeira equipa do CRRS arrancará igualmente 3 minutos depois da última do CNCR.