Mais longo e com muito mais areia

Por a 29 Novembro 2007 11:15

A 30ª edição do Euromilhões Lisboa-Dakar foi oficialmente apresentada na última quarta-feira, simultaneamente em Paris, como manda a tradição, e em Lisboa, a cidade que pelo terceiro ano acolherá a partida do maior rali do mundo, no próximo dia 5 de Janeiro.

Desta feita, motos, quads, automóveis e camiões terão pela frente um total de 9.273 quilómetros, dos quais 5.736 de sector cronometrado, atravessando, Portugal, Espanha (só em ligação), Marrocos, Mauritânia e Senegal, onde a sua capital acolhe os sobreviventes a 20 de Janeiro, não através do Lago Rosa, mas antes pelas suas praias, tal e qual como nos bons velhos tempos.

Como já era previsível, de fora do percurso ficou o Mali, depois dos problemas de segurança ocorridos na prova deste ano, o que levou mesmo ao cancelamento de duas etapas. «Existe muita instabilidade neste momento em alguns países africanos. São zonas de risco onde não poderíamos a 100 por cento garantir a segurança, não só dos pilotos, mas de todo o staff que está envolvido na prova», justificou Etienne Lavigne, o principal responsável pela Organização, revelando que o Plano de Segurança Rodoviária que tinha sido criado para a última edição foi agora reformulado.

Linhas fortes desta edição? Um prometido regresso às origens, com a Organização a colocar o acento tónico no deserto do Sahara e nas suas dunas, com muita, mesmo muita areia no programa. Este regresso ao deserto constitui o ponto marcante de uma prova mais extensa que em 2005, 2006 e, sobretudo, 2007 e onde houve o cuidado de diminuir as penosas ligações e aumentar significativamente os sectores selectivos, que agora totalizam perto de 5.800 km, o valor mais elevado desde o Arras-Madrid-Dakar de 2002, edição que contou com 6.486 km cronometrados.

Especial inédita no arranque

Para Portugal estão novamente reservadas as duas primeiras etapas, constituindo a primeira (120 km) uma novidade absoluta, com a zona da Comporta e Grândola a ser agora substituída pelo Campo de Tiro de Alcochete e os terrenos da Companhia das Lezírias, em pleno Ribatejo. Embora a areia volte a estar presente, terá agora menos predominância que em 2007, num percurso bastante sinuoso e que permitirá aos concorrentes testar as suas capacidades de traçar as trajectórias mais correctas. Embora vedado na sua maioria, o traçado contará com quatro Zonas Espectáculo (ZE), duas próximas de Samora Correia, uma perto de Canha e outra nas imediações de Alcochete. O seu acesso será feito exclusivamente por autocarros gratuitos ao serviço da Organização, que posteriormente definirá os locais de encontro.

Sem alterações relativamente à última edição, a segunda etapa terá partida e chegada em Portimão, sendo a especial (60 km) traçada em plena serra algarvia, próximo de Monchique, numa pista sinuosa e, acima de tudo, muito dura, ao estilo WRC. Contará igualmente com quatro ZE, distribuídas pelo Sítio dos Guenas/Portimão, Arriqueta/Monchique, Pardieiro/Monchique e Portimão.

Uma semana na Mauritânia

Relativamente ao percurso africano, Marrocos acolherá, como de costume, as quatro etapas iniciais, na habitual rota por Er Rachidia, Ouarzazate, Guelmim e Smara, enquanto o prato-forte deste rali fica reservado para a Mauritânia, país que acolherá nada menos do que oito especiais, duas delas com mais de 500 km, além do dia de descanso, previsto para a sua capital, Nouakchott, no dia 13. Por força desta travessia de uma semana, as quentes e quase intransponíveis dunas mauritanas transformar-se-ão na paisagem mais frequente durante grande parte da prova. A entrada no Senegal, a 20 de Janeiro, agora a partir de Saint-Louis, marcará o fim da corrida, com uma especial de 23 km que consagrará os vencedores das diferentes categorias.

Mais 45 equipas que em 2007

Apesar de todas as restrições que foram este ano impostas pela Organização, a 30ª edição do Euromilhões Lisboa-Dakar vai contar com mais 45 equipas que em 2007, para um total de 570 inscritos, reunindo 245 motos, 20 quads, 205 automóveis e 100 camiões. Representando 50 países diferentes, o pelotão inclui um indiano, um guatemalteco, um queniano, vários representantes do… Cazaquistão e até dois motards chineses em motos “made in China”. Outras das curiosidades sublinhadas pela Amaury Sport Organization é o facto de praticamente metade dos participantes terem menos de 40 anos, situação inédita no longo historial desta prova.

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