Adruzilo Lopes: “O que me falta ganhar? O próximo campeonato!”
Achas que com um carro de topo (S2000) ainda poderias disputar o título à geral com os jovens lobos? (Wrcf1)
Claro que sim. Acho que este ano tive a lutar com jovens lobos aguerridos e não acredito que os ‘outros’ andem mais depressa que o Francisco Barros Leite e o João Ruivo.
Qual o carro que mais ‘gozo’ lhe deu e a prova mais marcante? (Formulam)
Todos me dão gozo, mas a ter que escolher um…escolho dois: o 306 Maxi e o 206 WRC! Em relação à prova, foi o Rali da Madeira de 2001 porque consegui ganhar finalmente, após cinco tentativas falhadas e o Monte Carlo de 1998 por ser ultra difícil, me ter ensinado muito e ter estado integrado na equipa oficial da Peugeot Sport.
Porque é que em Portugal a maioria dos pilotos só compete se for com um carro de topo? (pLopez)
Não faço parte desse lote, mas é óbvio que há muitos pilotos assim. Penso que no meu caso, a minha paixão pelos ralis é maior do que a deles. Há muito tempo digo que até de Mini podia correr… e agora finalmente parece que vamos ter Mini no Mundial. Quem sabe… (risos)
O que acha do novo Campeão Nacional de ralis? Foi sorte ele ter o melhor carro ou é um campeão com mérito? (Carteiropat)
Acho que não há campeões sem sorte, sem mérito e sem terem carros senão os melhores pelo menos bons. Os campeonatos conquistam-se e o do Bernardo foi conquistado com mérito. Ganhou, teve sorte e teve azar quando teve que ter. E mesmo tendo o melhor carro, os carros não andam sozinhos.
Após os títulos à geral, de Produção e CPR2, o que lhe falta? Concorda com a ideia de separar o campeonato de ralis em dois, de asfalto e outro de terra? (Wrc_noMinho)
Falta-me o título do próximo ano, qualquer que ele seja! Em relação à outra pergunta posso dizer que não concordo porque não temos dimensão para isso. Concordo com um campeonato misto adaptado à realidade do nosso país. É preferível ter um campeonato pequeno e competitivo com muitos concorrentes do que termos um com três provas internacionais e uma média de 20 concorrentes. O Rali de Mortágua é um bom exemplo do figurino ideal.
Quando perdeu o lugar de piloto oficial da Peugeot não considera que foi por pressão da comunicação social? (Moke)
Não houve pressão dos media ou de outro qualquer setor para sair da equipa. A minha saída da Peugeot nunca foi comentada por mim e não é agora que a devo comentar. Nunca me interessou falar disso e à Peugeot penso que também não, portanto vamos deixar ficar a situação como está. Passei seis anos maravilhosos na Peugeot e é isso que quero recordar daí.
A ARC é (foi) uma parte importante nos últimos títulos conquistados. Pensa continuar na equipa na próxima temporada? Se sim, com que carro? (Formulam)
Penso manter a ligação. Como, em que carro e em que campeonato, ainda não sabemos. Temos projetos, que vamos tentar viabilizar. Há mais que uma possibilidade e cabe aos patrocinadores apoiarem qualquer um deles para avançarmos e no fundo deverão ser eles a direcionar-nos para um lado ou para outro. Na verdade, os dois projetos são diferentes pois um é nacional e outro internacional. Neste último caso, só posso adiantar que é um projeto a dois anos para o IRC, mas que não será fácil de viabilizar, isso não será.
“Gostava de repetir o cinema”
Mesmo que o seu percurso competitivo terminasse amanhã, há facetas de um piloto que perdurarão para sempre na memória. No caso de Adruzilo Lopes, essa faceta chama-se ‘cinema’ e começou no dia em que foi convidado para participar como ator no filme de “100 Volta”. Uma experiência que o piloto considerou “muito interessante e que até gostava de repetir pois o filme foi feito para ter mais duas sequelas que não sei ainda se se irão realizar. Mas a repetir gostava de ter um papel mais interventivo!”. Mas afinal foi mais fácil fazer o filme ou ganhar o CPR2? “Bom, ganhar campeonatos nunca é fácil porque é preciso uma conjugação de fatores por isso posso dizer fazer o filme foi muito mais fácil. Sobretudo, posso dizer que gostei de ser ator, bom ou mau, foi uma experiência diferente e as cenas que eu fiz de carro foram até bastante fáceis pois estava no meu ambiente”. Hollywood que se prepare…
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