Kimi Raikkonen: “Os ralis são bem mais difíceis que a Fórmula 1”
Muitos acharam que a passagem de Kimi Raikkonen para o WRC era apenas uma hábil manobra de marketing, e que o finlandês depressa voltaria à F1, mas pelos vistos isso não irá acontecer: “Claro que pensei em regressar à F1, pois temos de manter todas as hipóteses em aberto, mas nunca o fiz muito seriamente pois não tinha quaisquer saudades da F1. Antes do início do ano ainda pensei que poderia sentir saudades, mas a verdade é que por vezes nem me lembrava que havia Grandes Prémios. Basicamente, este ano as minhas sensações foram semelhantes às de quando iniciei a minha carreira nas pistas…”, concluiu Raikkonen.
Loeb: “Kimi precisa de mais tempo”
Sébastien Loeb, Heptacampeão Mundial, é talvez dos poucos que poderá fazer uma avaliação correta da época de Raikkonen pois, também ele, aos poucos, tem descoberto o processo inverso ou seja, passar dos ralis para as pistas.
Para o piloto número um da Citroen Total, “um piloto de velocidade possui habilidade suficiente para vingar nos ralis, ainda que ambos apresentem credenciais diferentes. Um piloto de circuitos saberá sempre guiar um carro de ralis e tenho a certeza que se me derem a mim e ao Kimi o mesmo carro, no mesmo troço de terra, com as mesmas passagens, ele ficará muito perto dos meus tempos. Mas, isso não é o que acontece nos ralis hoje. Nos ralis, não se pode fazer sempre as mesmas curvas para otimizar, por exemplo, o ponto de travagem. É preciso fazer um trabalho de desenvolvimento das notas e é preciso aprender a antecipar as coisas. Acho que a adaptação às notas é a principal dificuldade por que passa um piloto de velocidade. Para o kimi, cada rali foi uma total novidade e precisou de aprender a melhor maneira de utilizar os seus pneus, de se ambientar às condições de piso imprevistas, de ganhar confiança no que alguém, que lhe entra pelos ouvidos dentro, diz!”. Mas será que há uma mentalidade básica diferente entre um piloto de ralis e um de velocidade?
“Não, acho que exista uma grande diferença a esse nível”, explica o já líder do Mundial de Ralis, concretizando depois: “ambos os pilotos, de ralis e circuitos, tem a mesma linha e objetivo: ser os mais rápidos possíveis. A diferença está a concentração. Nos ralis é preciso ouvir as notas ao mesmo tempo que é preciso estar concentrado na estrada. Nas pistas, apenas nos temos que concentrar na condução, embora tenhamos que pensar também nos outros pilotos. Ouvir notas é como uma terceira dimensão, mas quando não se conhece a estrada quer-se mesmo ouvi-las. Para mim isso já acontece de forma natural, mas de certeza que para o Kimi ainda soou a estranho de início!”. Basicamente, é de tempo que ele precisa…”
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