Bruno Magalhães: “Quero mostrar que evoluí e estou a andar mais depressa, mas sei que esta prova é muito traiçoeira”
Será a segunda vez que Bruno Magalhães vai representar as cores nacionais neste rali, sendo agora acompanhado por Paulo Grave, que está de regresso à competição, após três anos de ausência. O co piloto substitui Carlos Magalhães no banco do lado direito do 207 Super 2000 da Peugeot Sport Portugal.
O Rali de Monte Carlo assinala o começo da quinta época do IRC (Intercontinental Rally Challenge), onde, no ano passado, Bruno Magalhães terminou em quinto lugar, apesar de ter realizado apenas nove das 12 provas do calendário.
Para a equipa portuguesa trata-se do primeiro desafio do ano, onde Bruno Magalhães e Paulo Grave terão pela frente mais de 30 máquinas da mesma categoria (Super 2000), o que deixa antever uma luta muito equilibrada, portanto ainda mais complicado para melhorar o sétimo lugar alcançado no “Monte Carlo” de 2010, depois duma luta ao segundo até ao derradeiro troço pelo sexto lugar.
“Prova ingrata onde o resultado final pode depender muito da escolha acertada de pneus”
Para o piloto da Peugeot Sport Portugal “é uma grande satisfação poder voltar a participar no Rali de Monte Carlo, e no ano em que a prova assinala o centenário da sua primeira edição, com uma lista de inscritos de tão vasta qualidade que, atrevo-me a dizer, é a melhor lista de sempre. Por outro lado, esta é uma prova “ingrata”, na qual o resultado final pode depender, em muito, da escolha acertada dos pneus. Numa região onde as condições atmosféricas estão em permanente mudança torna-se difícil saber qual é a melhor opção de pneus para realizar cada classificativa”.
O objetivo de Bruno Magalhães “é mostrar que evoluí e que estou a andar mais depressa, muito embora saiba que esta prova é muito traiçoeira, onde tanto se pode sair da estrada na primeira como na última curva. Mas recuso-me a fazer qualquer projeção em termos de resultados porque a lista de inscritos não tem comparação possível com a do ano passado, quando fui sétimo à geral”.
Quanto à troca de ocupante do banco do lado direito do seu Peugeot 207, com Paulo Grave a regressar à competição, “é uma situação que não me preocupa, apesar do tempo de paragem do Paulo, pois sempre funcionámos muito bem e de todos os ralis que ele fez apenas cinco não foram comigo, pelo que estou tranquilo”.
Carlos Barros: “Objetivo é terminar nos pontos”
Para o Director Desportivo da Peugeot Sport Portugal, Carlos Barros, “o objetivo é terminar nos pontos, que agora são atribuídos até ao décimo lugar, a exemplo do que se passa no “Mundial” e fazer melhor do que no ano passado, tanto mais que é a segunda vez que lá vamos. Sabemos que a concorrência é mais forte, que é uma prova com características muito especiais, face à instabilidade das condições atmosféricas, mas vamos confiantes.”
Segundo Carlos Barros, “o 207 Super 2000 teve algumas evoluções, depois de em San Remo termos utilizado um motor mais evoluído, o Spec 3, mas vamos dispor, ainda, de uma caixa otimizada, de travões mais eficazes e mais leves e de amortecedores desenvolvidos, especificamente, para Monte Carlo.”
E para se ter uma ideia das dificuldades que a dupla portuguesa da Peugeot vai enfrentar, basta lembrar alguns dos inscritos: Juho Hanninen, que defende o título, Jan Kopecky, Freddy Loix, o piloto com mais vitórias em provas do IRC, Nicolas Vouilloz e Andreas Mikkelsen alinharão em Skoda Fabia. Petter Solberg, Bryan Bouffier, François Delecour, Stéphane Sarrazin, Guy Wilks, Toni Gardemeister, Giandomenico Basso e Thierry Neuville estarão na ‘armada’ Peugeot 207. Henning Solberg estará ao volante do Ford Fiesta e Per Gunnar Andersson e Chris Atkinson, em Proton Satria Neo.
Como se constata a concorrência é de luxo, pelo que um lugar no “top ten” será um bom resultado, já que o piloto da Peugeot Sport Portugal é dos que tem menor experiência nos pisos gelados e cobertos de neve que caracterizam a prova monegasca.
Peugeot Portugal no Monte Carlo desde 1998
Recorde-se que esta é a quarta vez que a Peugeot Portugal leva um piloto português ao Rali de Monte Carlo. A primeira aconteceu em 1998, quando Adruzilo Lopes/Luís Lisboa (306 Maxi) acabaram em 12.º, a segunda em 2004, quando Miguel Campos/Nuno Rodrigues da Silva (Peugeot 206 WRC), abandonaram, e a terceira no ano passado, quando Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Peugeot 207 S2000) terminaram em sétimo, naquele que é o melhor resultado de uma dupla portuguesa na época moderna da prova.
Programa do Rali
1.ª Etapa – quarta-feira, 19 de Janeiro
09h00 – Partida – Valence
10h05 – 1.ª PEC – Le Moulinon – Antraigues (36,87 km)
11h40 – 2.ª PEC – Le Burzet – St. Martial (41,06 km)
14h11 – 3.ª PEC – St. Bonnet Le Froid 1 (25,22 km)
16h20 – 4.ª PEC – St. Bonnet Le Froid 2 (25,22 km)
2.ª Etapa – quinta-feira, 20 de Janeiro
11h00 – Partida – Valence
12h23 – 5.ª PEC – St. Jean en Royans – Font d’Urle 1 (23,05 km)
13h04 – 6.ª PEC – Cimetiere de Vassieux – Col de Gaudissart 1 (24,13 km)
16h07 – 7.ª PEC – St. Jean en Royans – Font d’Urle 2 (23,05 km)
16h48 – 8.ª PEC – Cimetiere de Vassieux – Col de Gaudissart 2 (24,13 km)
3.ª Etapa – sexta-feira, 21 de Janeiro
06h30 – Partida – Valence
09h08 – 9.ª PEC – Montauban sur L’Ouvèze – Eygalayes (29,89 km)
13h53 – Chegada – Monte Carlo
19h15 – 10.ª PEC – Moulinet – La Bollène Vésubie 1 (23,41 km)
19h58 – 11.ª PEC – Lantosque – Lucéram 1 (18,81 km)
23h25 – 12.ª PEC – Moulinet – La Bollène Vésubie 2 (23,41 km)
Sábado, 22 de Janeiro
00h08 – 13.ª PEC – Lantosque – Lucéram 2 (18,81 km)
01h30 – Chegada – Monte Carlo
Nota – Hora francesa (menos uma hora em Portugal)
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