Rali de Portugal: Faltam 27 dias – A dureza da nossa prova do Mundial de Ralis
O troço mais duro do rali, atualmente, será talvez o Vascão, um PE absolutamente incomparável em termos de dureza com qualquer um dos troços de Arganil, Lousã, Ponte de Lima, Cabreira, Marão ou Viseu. Os troços atuais do Rali de Portugal serão, talvez, um pouco mais duros que os de Fafe, mas incomparavelmente mais ‘soft’ que os realizados nas zonas atrás referidas.
O ano mais complicado para os concorrentes foi o de 1980, quando partiram 101 pilotos e terminaram apenas 16, ou seja 15,84 por cento. No top 10 da dureza no Rali de Portugal, encontramos nove provas das décadas de 70 e 80, e só existe uma única exceção, claro está, o ano de 2001, uma das provas mais difíceis de sempre, não só do Rali de Portugal, mas de toda a História do Mundial de Ralis. Nesse ano, partiram 93 concorrentes e chegaram ao fim 24…barcos. Felizmente no último dia o S. Pedro deu algumas tréguas e foi possível assistir quase sem guarda-chuva ao espetáculo proporcionado por Tommi Makkinen e Carlos Sainz.
Séc XX ‘duro’, Séc XXI ‘soft’
No polo aposto da dureza do Rali de Portugal, o Séc XXI, pois enquanto nos anos 70 e 80, as percentagens de concorrentes a atingir o final das provas não chegava aos 20 por cento, de 2000 para a frente, encontramos oito provas sempre com mais do dobro (em termos percentuais) de pilotos a chegar ao fim, sendo que no ano de 2007, a primeira prova depois do hiato no WRC, 76,25 por cento chegaram ao pódio final. Em 2009 a percentagem foi de 60,29 e 2010, 68,92 por cento. Sintomático!
Chove de dez em dez anos no Rali de Portugal
Aliás, há um dado curioso que remonta ao início dos anos 90, diz que só chove sério de dez em dez anos. Se assim for, preparem o guarda chuvas, pois em 1991 choveram canivetes durante todos os dias de prova a começar pela super-especial do Jamor, e dez anos depois em 2001, choveram…facas a começar pela super-especial de Baltar. Será que a regra prossegue este ano? Esperemos que não. Contudo, no Algarve, quem lá esteve, em 2006, recorda-se da forma como Armindo Araújo andou – e ganhou – na lama das Serras algarvias. Se alinharmos por “tendências”, a coincidência de termos vencedores portugueses no Rali de Portugal em 1986, 1996 (2003 e 2004 foi Armindo Araújo o vencedor, mas a prova estava a fazer um “retiro espiritual” em Trás-Os Montes) e 2006 (prova candidata ao WRC, a segunda no Algarve) isto ‘diz-nos’ que 2016 é um bom ano para esperar nova vitória portuguesa. Não será antes?
Os sinais emanados pelos responsáveis que dizem pretender devolver os ralis às suas raízes, permitem os adeptos terem esperanças de revisitar locais míticos dos ralis, e não só em Portugal. O Rali de Monte Carlo deu o primeiro passo, ainda que fora do WRC, mas há sinais claros que a pouco e pouco o ‘espartilho’ do caderno de encargos do WRC vai aligeirar, e aí talvez possamos ver provas como o Rali Safari novamente no Mundial. Muito poucos adeptos europeus terão ido ver a prova ao vivo, mas não deve haver um que não gostasse de ver esse rali no WRC…
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