Garantido futuro imediato do Autódromo do Estoril
O Autódromo do Estoril esteve na berlinda as até ao final do ano passado. Nessa altura, o seu futuro parecia dependente da venda por parte da Parpública, a sociedade gestora de capitais públicos detentora da maioria de acções da empresa CE -Circuito do Estoril.
Porém, a 20 de Dezembro, data limite para a abertura de propostas de aquisição, verificou-se que não existia nenhuma proposta. Assim, até 2012, a sua exploração tem que ser adequada às necessidades e exigências da estrutura. O que significa que o autódromo tem que ser afectado à sua exploração enquanto pista de automóveis, passível de acolher quer corridas, quer testes ou outras actividades adequadas à sua finalidade.
A partir de 2012, logo se vê – o que deixa em aberto todas as possibilidades, como a continuação da presente actividade e melhorias dos equipamentos, eia-se pista, boxes e outros edifícios.
Melhorar já de imediato É esta, aliás, a principal intenção da actual gerência, para a qual a possibilidade de desmantelamento da estrutura e total afectação a actividade imobiliária é quase um sacrilégio. Para já, a CE – Circuito do Estoril, a empresa que actualmente é proprietária da pista, tudo está a fazer para procurar melhorar as infra-estruturas existentes.
Há trabalhos que têm que ser feitos de imediato, antes do Grande Prémio de Portugal de MotoGP (que este ano será em Abril) e que incidirão essencialmente na saída da curva Parabólica, de acesso à recta da meta, e na Curva 2.
Kartódromo do Estoril avança em Agosto
Mas há mais: já em Agosto, aproveitando a raridade de duas semanas sem ocupação, vai avançar-se em força com a construção do Kartódromo do Estoril. Tratar-se-á de uma infra-estrutura própria, preparada para funcionar independentemente do resto da pista, mas tendo no entanto equipamento que poderá ser usado noutras manifestações desportivas, casos das provas internacionais, e que se situam na zona de “paddock”.
A pista de karting, que funcionará de forma empresarial, será construída no “miolo” da pista principal, não colidindo assim com esta e podendo portanto acolher provas e outro tipo de manifestações, em simultâneo com a utilização da pista.
Depois, a CE – Circuito do Estoril tem nos seus planos projectos mais avançados, ainda no segredo dos deuses, que poderão porém ser em tudo semelhantes aos praticados em outros circuitos europeus, onde são agregados “pacotes” turísticos, potenciando a apetência pela deslocação de equipas ao longo do ano, mas em especial fora dos calendários oficiais.
É ou não um elefante?
Ser ou não um elefante branco – eis o estigma que, desde tempos imemoriais, sempre esteve associado ao circuito do Estoril. E, ainda hoje, as dúvidas permanecem. De facto, a resposta não é simples. É que, apesar da taxa de ocupação do espaço ser quase de 100 por cento, tome-se um exemplo muito concreto: os 35 milhões de euros pedidos para a aquisição de todo o complexo.
Trata-se de um simples exercício de contas, para o qual não é necessário nenhum bacharelato em finanças. Se o circuito valesse 100 milhões de euros, só o preço do dinheiro custaria, por mês, 500 mil euros, o que daria 17 mil euros de despesa diária; no caso do 35 milhões, esse valor desce exponencialmente, para algo como 7.500 euros diários.
E isto, sem contabilizar as despesas fixas e os impostos, bem como os honorários das 17 pessoas que compõem a estrutura humana fixa a trabalhar no circuito. Dito isto, a pergunta continua sem resposta: apesar de uma ocupação tão intensa, apesar das provas que nele se realizam – e aqui é preciso ressalvar as despesas que lhe estão inerentes, em alguns casos na ordem do milhão de euros, como o MotoGP! – o circuito do Estoril é ou não uma estrutura rentável?
É ou não um elefante branco? No fundo, se calhar é tudo um caso de paixão: afinal, quando lhe ofereceram 150 milhões de euros para vender o circuito de Paul Ricard, com hotel e aeroporto incluído, Bernie Ecclestone recusou! A pista francesa tem equipamentos que não temos em redor do nosso principal circuito permanente: ao fim e ao cabo, uma estrutura deste tipo só conseguirá ser mesmo rentável, caso esteja associada a outra oferta complementar – seja
ela imobiliária, de lazer ou comercial.
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