PWRC 2008: Armindo Araújo favorito?

Por a 5 Fevereiro 2008 22:33

Portugal irá ter este ano dois representantes no PWRC 2008. Depois duma época com muitos altos e baixos, Armindo Araújo vai entrar no seu segundo ano do PWRC com responsabilidades acrescidas, e caso consiga colocar o azar de parte, é um dos principais favoritos à conquista do ceptro. Já para Bernardo Sousa, que se vai estrear ao mais alto nível, esta é uma época para aprender, e regressar posteriormente com outras ambições.

Se o WRC é a SuperLiga dos Ralis, já o PWRC é a Divisão de Honra. Com um plantel recheado com nomes consagrados e também jovens à espera de despontar no mundo dos ralis ao mais alto nível.

Em 2008, mais de 30 pilotos oriundos de 19 países irão desfilar nos oito eventos que compõem a competição que terá provas na Europa, Ásia, América e Australásia. A maioria dos pilotos, como é o caso de Armindo Araújo, ganharam experiência nos campeonatos nacionais e agora é a altura para mostrarem as suas capacidades ao mundo.

Nos últimos anos, esta competição tem sido um feudo dos Mitsubishi Lancer e Subaru Impreza de Grupo N, mas agora vão passar a ter a companhia dos cada vez mais competitivos S2000.

O ano passado, Armindo Araújo foi quarto no seu rali de estreia, na Suécia, e depois dum longo interregno que teve o Rali de Portugal pelo meio, prova que marcou a sua estreia com um WRC, regressou na Grécia onde um percalço mecânico o obrigou a desistir quando estava bem classificado. Na prova seguinte, na Nova Zelândia, não foi além do sexto lugar, e no Japão viu o seu segundo lugar esfumar-se devido a irregularidades no seu Lancer, a que Armindo era completamente alheio, e que lhe condicionaram fortemente a classificação no campeonato.

Convém referir que, caso nada de anormal tivesse sido detectado no Lancer, os oito pontos correspondentes colocá-lo-iam nas primeiras posições da competição. Na prova seguinte, no asfalto da Irlanda, voltou a desisitir quando estava bem classificado, devido a aquaplanning. Azares a mais, e alguma inexperiência de correr a este nível, dum piloto a quem todos reconhecem grande capacidade, pois rapidez não lhe falta, até para mais altos voos. Resta confirmá-lo com resultados.

Adversários experientes

Entre os diversos adversários este ano presentes na competição, destaque óbvio para o campeão em título, o japonês Toshi Arai, que, não tendo um WRC para guiar, aos 41 anos, diverte-se a ser regular e a vencer no PWRC, ainda e sempre com um Subaru Impreza. Duas vezes campeão do PWRC, 12 vitórias, irá ter a seu lado Glenn Macneall, que o ano passado “navegava” Chris Atkinson. Uma dupla de peso.

Mirco Baldacci foi sexto no ano passado e o melhor que conseguiu foi o terceiro lugar na Grécia. Em 2006 foi terceiro no PWRC, pelo que experiência não lhe falta. Em condições normais, não é piloto para bater Araújo, pelo menos num campeonato inteiro.

Já Martin Prokop, oriundo do Mundial Júnior, tem vindo a crescer como piloto e este ano vai guiar um Mitsubishi Lancer, depois de ter obtido o ano passado o terceiro lugar no JWRC.

Falar de Nasser Al-Attiyah é imprescindível! Pode não ser muito rápido, mas a sua experiência de muitos anos nestas lides têm de contar para alguma coisa. É tetra vencedor do Campeonato de Ralis do médio Oriente, venceu o PWRC em 2006, e já irá guiar o novo Impreza, o que é um trunfo, pelo menos a médio prazo.

O austríaco Andreas Aigner, colega de equipa de Bernardo Sousa na equipa Red Bull já passou pelo WRC, com um Skoda Fabia WRC, onde chegou a ser sexto. No Grupo N, venceu o ano passado na Catalunha, e foi segundo na Grécia. Teve, a exemplo de Araújo alguns azares, pelo que o seu 13º lugar com os mesmo pontos de Araújo, não espalham a sua valia. Um forte candidato.

Hänninen poderá ser o grande adversário

Falando de fortes candidatos, o que dizer de Juho Hänninen. Já passou pela equipa oficial da Mitsubishi no WRC, venceu por diversas vezes provas do PWRC, foi vice-campeão finlandês de Grupo N, e é, claramente, um adversário a bater para Araújo. Em algumas provas levará vantagem, mas o piloto português pode fazer a diferença em ralis com troços mais parecidos com os que bem conhece em Portugal, tais como a Grécia, Turquia e Japão.

Quem ainda se lembra de Uwe Nittel? Em 1996 quase sucedeu a Rui Madeira como vencedor da Taça FIA de Grupo N, que perdeu para Gustavo Trelles por apenas três pontos. Chegou a guiar Mitsubishi oficiais no Mundial, em 1997 e 1998, mas foi ficando esquecido pelo campeonato alemão. Regressa agora, mas em que condições? Experiência não lhe falta.

O problema de Travis Pastrana é que nos ralis os carros têm têm quatro rodas, pois se fossem duas, como as motos em que é ás, estava encontrado o campeão. Contudo, o piloto norte americano, tem vindo a evoluir e se foi capaz de se bater com Colin McRae num RallySprint, então pode bater-se com qualquer piloto. Falta-lhe essencialmente experiência, pois rapidez parece ter. Duas vezes campeão americano ainda não são credenciais suficientes.

O sueco Patrik Sandell deverá fazer a cabeça em água aos seus adversários, pois vai guiar um Peugeot 207 S2000, o que só por si é um grande trunfo, mas a verdade é que lhe faltará experiência de carros de tracção total. Foi campeão da JWRC em 2006, e este ano não lhe vai faltar ritmo, pois vai participar no PWRC e JWRC ao mesmo tempo.

Feita a apresentação, não restam muitas dúvidas que Armindo Araújo tem boas condições para lutar pelo título do PWRC, pois se quer chegar mais longe, não podem ser nomes como Toshi Arai, Nasser Al-Attiyah, Andreas Aigner ou Juho Hänninen que o vão evitar. Sem azares, o piloto portuguÊs chega lá…

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