Aston Martin deve estrear já no Rali de Vila Verde

Adquirido à Scuderia Italia, após ter disputado no último ano o Campeonato FIA GT, o Aston Martin deverá chegar a Portugal, às instações da Sports & You, em Baltar, “entre segunda e terça-feira, para no espaço de 15 dias estar já a cumprir o seu primeiro teste. Se tudo correr pela positiva, então sim, é possível estarmos já a partida do Rali de Vila Verde”, revelou Paulo Ferreira, principal mentor deste inovador projecto, já que se trata do primeiro DBRS9 GT3 a sair para a estrada, ao contrário do que já sucede com o Vantage GT4, já com várias participações no campeonato italiano de ralis.

Tamanho conta

Mais do que os respeitosos 550 cavalos de potência (mais 20 por cento que a versão de estrada) do motor V12 de 5,9 litros desenvolvido pela Prodrive, a principal dificuldade de José Pedro Fontes vai ser mesmo conseguir manobrar um carro com as dimensões do Aston Martin: 4,730m de comprimento (mais meio metro que o Porsche 997 de Mex) e quase dois de largura (1,978m, para sermos mais precisos), para um peso total de 1.280 kg. “Sim, é verdade que essa vai ser realmente a principal dificuldade, sobretudo nos troços mais estreitos e sinuosos”, confirma o vice-campeão Nacional de Ralis, apesar de tudo, bastante satisfeito com este regresso: “Era minha vontade manter-me nos ralis e guiar um GT. Felizmente, surgiu este projecto e foi-me o colocado o desafio de guiar o Astron Martin nos ralis. Apesar de ser um grande desafio, é também um projecto com grande impacto e que pode ajudar bastante a promover o Campeonato”.

Fontes só nos ralis

Para já, e de acordo com Paulo Ferreira, o envolvimento de José Pedro Fontes no projecto será apenas válido para as provas do CPR2. “O nosso objectivo ao ir buscar este carro foi provar que é possível apostar num GT e direccioná-lo para várias disciplinas do desporto automóvel, dos ralis ao Campeonato de Resistência, dos GT espanhóis a outros eventos FIA. No caso da Velocidade, a nossa intenção é convidar pilotos para correr no carro, tentando estar presentes no maior e mais diversificado número de eventos possíveis, até de forma a rentabilizar o investimento”, explicou.

Quanto à opção pelo Aston Martin, Paulo Ferreira diz que acabou por ser “uma escolha consensual de entre todos os parceiros do projecto” e face às quatro hipóteses que foram estudadas.

JR