WRC: Quatro é bom, cinco é demais?
Quatro é bom, cinco é demais! A história não é tirada de nenhuma orgia romana com vários séculos de existência, mas antes é vista como um apontamento importante para o futuro Mundial de Ralis que a FIA está a tentar sustentar com bases sólidas. A frase é de Neil Duncanson, chefe executivo da ISC (ou da North One, que controla a ISC), a detentora dos direitos promocionais do WRC, que, a semana passada, deixou claro que o Mundial de Ralis não deverá ter mais do que quatro construtores envolvidos.
Da sua voz saíram frases como: “não quero mais que quatro construtores no Mundial, pois um a mais e já nem todos poderão ganhar!” ou “queremos um campeonato maior e melhor, mas onde todas as marcas envolvidas tenham hipóteses de ganhar!”. Chocante para uns, certeiro para outros, a verdade é que, a concretizar-se um cenário de quatro marcas envolvidas no Mundial, a partir de 2011, voltar-se-ia a ter um campeonato aberto e não centrado na exclusividade proporcionado pela Citroen e Ford.
Entre os muitos cenários previsíveis, a Abarth e a Volkswagen parecem ser as marcas que mais possibilidades têm de ocupar as vagas que a ISC gostava de ver preenchidas, mas Skoda e Proton também estão a estudar uma possível entrada na ‘guerra’ do Mundial. Se todas confirmassem a sua entrada, os planos de Duncanson cairiam por água baixo. Há 10 anos, sete construtores (Toyota, Ford, Subaru, Skoda, Mitsubishi, Seat e Peugeot) participavam oficialmente e todos conseguiram ir, pelo menos uma vez, ao pódio, mesmo se apenas cinco ganharam ralis. Quatro? cinco? Seis construtores? Qual é o número ideal? Não seria melhor definir primeiro, de vez e sem deixar sombra para a especulação, quais as condições em que terão que participar os novos carros seja em que quantidade for?
Ford e Citroen sem sintonia
Em Março, o Conselho Mundial da FIA decidiu que, a partir de 2013, os futuros WRC teriam motor turbo de 1,6 litros. Três meses depois, antecipou a decisão e vinculou-a para 2011. Mas, a semana passada, voltaram a surgir movimentos especulativos de fontes bem colocadas dentro da FIA que ‘relembraram’ que os dados poderiam ainda ser mudados.
Ora, não é preciso ter uma inteligência acima da média para se perceber que é este clima de instabilidade que serve de travão à decisão das marcas. Basta ver, que, nesta altura, Ford e Citroen, os dois únicos construtores que já confirmaram a sua presença até 2011, caminham em sentidos diferentes. Enquanto a Ford já anunciou que tem o seu novo Fiesta S2000 praticamente pronto para os primeiros testes dinâmicos, a marca do ‘double chevron’ fez saber que está mais apostada em dotar o DS3 (o protótipo que está a servir como base para o futuro WRC) de um motor 1,6 litros turbo.
Filipe Pinto Mesquita
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