WRC Rally de Portugal é a Festa do povo

Por a 6 Maio 2024 19:54

Na próxima 5ª feira, o espetáculo épico do Vodafone Rally de Portugal ganhará vida, prometendo arrebatar os sentidos de todos os adeptos. Este evento, que representa uma vibrante ‘romaria’ anual para muitos milhares, está destinado a ser, mais uma vez, uma grande prova.

Com uma miríade de equipas a almejar a vitória, espera-se luta de tirar o fôlego, troços de excelência e multidões entusiasmadas a colorir os troços.

Tudo está preparado para mais uma grande edição do Vodafone Rally de Portugal, um evento que muitos consideram a sua “semana santa” no calendário desportivo. Em relação ao percurso, poucas novidades, em equipa que ganha, mexe-se pouco, mas há muito e bom para ver.

O panorama do Mundial de Ralis sofreu uma metamorfose há três anos, com o adeus aos World Rally Cars, mas os Rally1 são uns dignos sucessores, pois são ainda mais velozes e espetaculares quanto os seus predecessores.

Uma curiosidade: as quatro provas do WRC 2024, foram ganhas por duas equipas e quatro pilotos diferentes, Hyundai e Toyota, Thierry Neuville, Esapekka Lappi, Kalle Rovanpera e Sébastien Ogier. Haverá um quinto? Ou um repetente?

Se for Thierry Neuville, repete 2018, se for Kalle Rovanpera, iguala as três vitórias seguidas de Miki Biasion, se for Sébastien Ogier, desempata com Markku Alén as cinco vitórias que ambos têm…

Até aqui, três dos vencedores foram pilotos que só estão a fazer programas parciais: Esapekka Lappi, Kalle Rovanpera e Sébastien Ogier.

Outra particularidade: Só no Rali de Monte Carlo o vencedor arrecadou o máximo dos pontos, 30, Thierry Neuville. Na Suécia, Lappi venceu, somou 19 pontos, Elfyn Evans foi segundo, somou 24. No Quénia, Rovanpera venceu e somou 20 pontos. Neuville foi quinto, somou 19. Takamoto Katsuta foio segundo, somou 18. Na Croácia, Ogier venceu e somou 21 pontos. O 17º classificado, somou 13. É assim o novo sistema de pontos, que permite que o campeonato seja bem mais equilibrado e que a estratégia ajude quem não lhes corre tão bem a prova nos dois primeiros dias. Vamos ver como será em Portugal.

FOTO M-Sport/João Pereira

Quem pode ganhar em Portugal?

Thierry Neuville lidera o campeonato e por isso vai abrir a estrada. Em 2022, Rovanpera liderava o campeonato, abriu a estrada em Portugal e venceu, mas isso é tudo menos fácil, porque a terra da Lousã, Góis e Arganil é realmente difícil para que roda mais à frente. E Neuville não é Rovanpera…

Por isso Neuville e Elfyn Evans vão ter um primeiro dia difícil, o tempo vai estar seco e quente nos próximos dias, portanto sair à frente será mau ou mesmo, muito mau, dependendo do estado dos troços.

Adrien Fourmaux é terceiro do campeonato, mas não luta por este, portanto terá menos impacto na sua prova porque a tática é ver onde param as modas e aproveitar.

Ja Ott Tänak, é quarto, o que já é uma posição bem melhor e tendo em conta que o estónio precisa rapidamente de mudar o atual estado de coisas quanto às suas prestações, e Portugal é uma prova excelente para o fazer e se acertar nas afinações é um dos principais favoritos.

Depois seguem-se Kalle Rovanperä e Sébastien Ogier, que têm ordens perfeitas na estrada e são eles, quanto a nós os dois principais favoritos.

Ou seja, para sermos claros, Kalle Rovanperä e Sébastien Ogier são os principais favoritos a vencer o rali, no patamar a seguir está Ott Tanak, muito perto, está Dani Sordo, que em Portugal é quase certo que fará um bom resultado. Neuville e Evans, depende do atraso do primeiro dia. Se estiveram na luta, qualquer um deles pode ganhar, e colocamo-los no patamar de Sordo, ligeiramente abaixo de Tanak.

Como vai o campeonato – CLIQUE AQUI

O WRC chega ao 57.º Vodafone Rally de Portugal com quatro vencedores diferentes nas quatro primeiras provas da época e apenas seis pontos a separar o líder, Thierry Neuville (Hyundai) de Elfyn Evans (Toyota), o segundo classificado. Com a vitória na Croácia, Sébastien Ogier saltou para o top 5 do campeonato.

A temporada teve, até agora, vencedores diferentes nas quatro primeiras provas, com a Hyundai Shell Mobis e a Toyota Gazoo Racing a dividirem os louros: Thierry Neuville ganhou em Monte Carlo, Esapekka Lappi triunfou no gelo da Suécia, Kalle Rovanperä regressou às vitórias no Safari – Quénia e Sébastien Ogier fez o mesmo no asfalto da Croácia.

Neuville chegou à Croácia com seis pontos de vantagem sobre Evans e saiu de Zagreb exatamente com a mesma vantagem para o galês da Toyota, com ambos a serem batidos pelo regressado Sébastien Ogier. O oito vezes campeão do Mundo tinha sido segundo em Monte Carlo e, com a vitória na Croácia, saltou para o quinto lugar do Mundial, empatado com outro piloto da Toyota, Takamoto Katsuta.

Uma das boas surpresas desta temporada tem sido Adrien Fourmaux, este ano promovido a líder da M-Sport Ford e que já acumulou os seus dois primeiros pódios no WRC (Suécia e Quénia), ocupando atualmente o terceiro lugar do campeonato, embora já a 27 pontos de Neuville.

Prova importante para Tänak

Por outro lado, Ott Tänak chega a Portugal à procura de confiança e do seu primeiro pódio esta época, já que o estónio não tem mostrado o mesmo andamento de Neuville e está a apenas no quarto lugar, a 33 pontos do seu companheiro de equipa.

Vencedor em Portugal nos últimos dois anos, Rovanperä também volta ao campeonato na prova do ACP, o mesmo acontecendo com Dani Sordo, que ainda não competiu esta época com a Hyundai.

WRC com plantel de luxo – CLIQUE AQUI

No WRC2, Yohan Rossell (Citroën) e Oliver Solberg (Skoda) estão empatados no topo do Mundial, com três pontos de vantagem sobre o vencedor na Croácia, Nikolay Gryazin (Citroën). Tendo em conta as nomeações de provas, em que seguem a sua estratégia, Portugal é uma prova em que todos, ou pelo menos os principais, costumam marcar presença.

Não estão, por exemplo, Nikolay Gryazin, Nicolas Ciamin. Os restantes, principais, estão todos. Em teoria, Oliver Solberg e Gus Greensmith podem lutar na frente, mas pode haver surpresas.

Especialmente por parte de Yohan Rossel (Citroën), Teemu Suninen (Hyundai) ou Sami Pajari (Toyota), por exemplo.

Oliver Solberg (Skoda), talvez tenha uma motivação extra, pois o ano passado perdeu a vitória devido a uma penalização em Lousada, porque fez piões a dar espetáculo para o público. “Shame on you”, FIA, não pela penalização, mas por existir uma regra assim.

Nos Rally3 do WRC3, o líder é o estónio Romet Jürgenson (Ford), numa competição que teve vencedores diferentes em todas as provas.

O percurso

Com um total de 1.690,12 quilómetros de extensão e 337,04 quilómetros cronometrados (face aos 335,26 de 2023), a grande novidade no percurso do 57.º Vodafone Rally de Portugal é o figurino de 22 especiais de classificação, um número que já não era atingido desde a edição de 2012.

A ação começa, como é habitual, na quinta-feira de manhã (9 de maio), em Baltar, com o Shakedown de 4,61 km, a que se segue a Cerimónia de Partida oficial, novamente em Coimbra, a partir das 17h00. Os concorrentes rumam depois à Figueira da Foz, para a Super Especial de abertura, este ano com 2,94 km e com início às 19h05 (transmissão na RTP1).

Na sexta-feira (10 de maio), as tradicionais especiais de terra da região Centro são o primeiro grande teste para máquinas e pilotos, agora com a classificativa de Mortágua (18,15 km) a ser percorrida duas vezes, a abrir e a fechar o dia. As duplas passagens por Lousã (14,30 km), Góis (14,30 km) e Arganil (18,72 km) completam o primeiro dia competitivo.

Para a etapa de sábado estão reservados dois ‘loops’ pelas classificativas de Felgueiras (8,81 km), Montim (8,69 km), a mais longa especial do rali, Amarante (37,24 km) e Paredes (16,09 km) que, este ano, também tem duas passagens. O dia encerra em apoteose, como é hábito, na Super Especial de Lousada (3,36 km), com transmissão na RTP2.

A decisiva etapa de domingo será composta por duplas passagens pelos 19,91 km de Cabeceiras de Basto, dos quais 12,6 km são completamente novos, e pelos icónicos 11,18 km de Fafe, também o palco habitual da Power Stage (com as duas passagens em direto na RTP1).

Onder ver? Vá pelos seus dedos

O ACP voltou a fazer uma parceria com o Waze, e os adeptos podem utilizar a aplicação para ter informações valiosas para as suas deslocações no âmbito do rali, e naturalmente chegar às Zonas Espetáculo.

O Mapa interativo das Zonas de Espetáculo e indicações Waze é de grande utilidade. Basta clicar AQUI

A partir daí só tem que escolher o dia, a especial, e por fim a ZE. Clica no Link Waze, introduz o ponto de partida, a sua casa, por exemplo, e o mapa calcula a melhor rota e leva-o diretamente à ZE escolhida. Quer melhor? Não há…

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3 Comentários
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sergiomiguel7972gmail-com
sergiomiguel7972gmail-com
12 dias atrás

É uma festa bonita e ainda é festa, mas já não é uma festa do povo, já o deixou de ser há muito. Era a festa do povo quando era uma prova em linha e passava por muitas terras e lugares, mais ano menos ano passava na nossa terra ou perto e aí sim era feriado, dia de São Rali, era faltar ás aulas para ver treinos e mais tarde os reconhecimentos. Mesmo quem não gostava ou quem não percebia/conhecia nada de ralis ia ver. Dava para ir de motorizada de manhã a um concelho vizinho comprar o AutoSport (… Ler mais »

FRL
FRL
Reply to  sergiomiguel7972gmail-com
12 dias atrás

Lindo!

FRL
FRL
12 dias atrás

Já lá vai o tempo em que do mais pequeno ao mais graúdo, todos eram conhecedores deste maravilhoso mundo dos Ralis, em particular do Rali de Portugal, com menos tv, menos redes socias, as pessoas conheciam e sabiam quem eram os pilotos que discutiam o campeonato do mundo e os melhores pilotos nacionais.(Hoje em dia, poucos sabem quem foram os últimos campeões nacionais de Ralis). Sendo o maior erro cometido por “decreto” os parques de assistência, afastar o publico em geral dos carros e pilotos, foi um erro que dificilmente será corrigido e diga-se que o problema do WRC, não… Ler mais »

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