CRÓNICA: E agora WRC?
A notícia caiu como uma bomba, há muita gente completamente incrédula, mas só mesmo quem não tem seguido com alguma atenção a questão do escândalo das emissões e das suas consequências para o Grupo Volkswagen. Por algum tempo ainda se pensou que não fazia muito sentido um projeto tão ganhador como este, que tem elevado a VW aos píncaros, por tantas e tão boas vitórias conseguidas pudesse ser ‘cortado’, mas a administração da VW não pensou assim, e pelos vistos deixou de ser politicamente correto ver um piloto da VW com uma garrafa de champanhe na mão. Eles lá sabem…
Mas na verdade, a partir daqui, todos os futuros sucessos da VW no WRC iriam acrescentar muito pouco ao que já se sabe. O desafio com o novo WRC era bom, a luta com a Citroën – equipa que parecia claramente ser a que está a desenvolver um carro muito forte para dar luta à VW – tinha tudo para se tornar épica, mas o destino não quis assim e agora há mais questões para responder no futuro próximo, do que certezas.
Há muita coisa em que a VW vai deixar saudades, por exemplo o seu envolvimento com os adeptos, nomeadamente através das redes sociais, mas isso começa já a pertencer ao passado.
O que já muitos perguntam é o que vai acontecer ao WRC e aos pilotos da marca. Em primeiro lugar é importante que Sébastien Ogier se deixe seduzir por outra marca no WRC. A modalidade precisa dele. Ninguém estranhará muito se regressar à Citroën e depois de ter visto Kris Meeke desenvolver o C3 WRC, seria no mínimo interessante tê-los lado a lado no próximo ano.
Se for para outra qualquer equipa, o interesse não vai ser menor, e finalmente muitos vão ter a resposta que procuram. Será que Ogier consegue o mesmo nível de sucessos noutra equipa que não a VW? Excelente pergunta para o WRC ‘responder’.
Não sabemos o que vai acontecer, mas confesso que não estou muito preocupado com o WRC, pois a saída de uma equipa como a Volkswagen pode significar um WRC bem mais equilibrado, e isso é tudo menos mau. E há ainda Jari-Matti Latvala e Andreas Mikkelsen, pilotos que têm valor para vencer noutras equipas, e para já é certo que a ‘silly season’ do WRC vai ser bem ‘quente’. E pensávamos nós que este ano tinha sido tudo tão pacífico a esse nível…
Há uma coisa que é de lamentar. Vi o VW Polo WRC 2017 a testar em Arganil e em muitos anos de WRC nunca vi um carro a andar tanto nos ralis, e nem sequer era Ogier, Latvala ou Mikkelsen a pilotá-lo. Era o ‘velhinho’ Marcus Gronholm. Por isso tenho pena que aquele carro não vá nunca competir no WRC. Aqui há uns meses vi um carro do grupo, o Audi 002 Quattro dar umas ‘voltas’ no Eifel Rallye, se calhar daqui a 30 anos poderemos ver o Polo WRC 2017 a fazer o mesmo…
Em suma, adeptos do WRC, não fiquem tristes com a saída da VW, olhem para o que de bom fica, ou seja, olhem para o copo meio cheio e não meio vazio…
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