F1: Red Bull vai votar contra o halo
Um dos momentos altos do segundo dos testes de Fórmula 1 definidos para esta temporada foi a aparição em pista do ‘halo’ da Red Bull, sistema defendido pela Ferrari e apoiado pela FIA, com o organismo a defender a sua incorporação obrigatória a partir da próxima temporada.
Pierre Gasly foi o piloto escolhido para efectuar este contacto, mas a Red Bull já afirmou que irá votar contra o conceito estreado pela Ferrari ainda na pré-temporada, e cuja segunda versão foi testada por Sebastian Vettel na segunda sessão de treinos livres do Grande Prémio da Grã-Bretanha.
“É uma solução deselegante para o problema com que estamos a lidar”, disse Christian Horner, diretor desportivo da equipa. “Preferia que se demorasse mais tempo a investigar a matéria de forma a chegar a um sistema como deve ser do que apressar algo que poderá ter outras consequências. Não sou um grande fã do halo nem das limitações que ele tem neste moemnto. Certamente não votaria a favor dele neste momento”.
Embora a FIA tenha determinado a aparição do halo em 2017, essa matéria tem ainda de ser votada pelas equipas no Grupo Estratégico da F1 e na Comissão, uma vez que a sua introdução requer uma alteração ao regulamento definido para o próimo ano.
Se houver um bloqueio, a FIA tem a possibilidade de tornar a medida obrigatória com base num imperativo de segurança.
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A admiração era se votassem a favor!
A admiração, é se alguém votar a favor. Aliás, ainda não há certezas de que haja sequer uma votação, porque parece que a coisa vai ser imposta pela FIA.
Concordo com a segurança, mas só ao fim de 60 anos descobriram que era perigoso, e ainda dizemos mal dos alentejanos.
Também concordo com segurança, só que impor uma solução que não é válida para acidentes como o do Felipe Massa (09_Hungaroring), ou o de Helmut Marko (72_Clermont Ferrand) e até mesmo o do Senna (94_Imola), recorrendo a um dispositivo que ainda por cima dá um ar ridiculo aos carros, parece-me precipitado e inútil.
No entanto, reconheço que com este dispositivo, talvez Justin Wilson e Henry Surtees estivessem vivos, embora tenha algumas dúvidas em relação ao primeiro.
Quanto ao Timing, mais vale tarde do que nunca.
È verdade que sim, aliás os carros dos anos 60 e 70 tinham um pequeno para-brisas que foi retirado pois os óleos acumulavam-se e retiravam visibilidade, se calhar deviam começar a pensar em penalizar os carros que vertessem líquidos e podiam voltar a colocar os para-brisas.
Alias lembro-me que o Gilles morreu porque se partiram os cintos de segurança uma semana depois na Indy outro piloto morreu precisamente porque os cintos não se partiram, uma ironia.
O Gilles não morreu por quebra dos cintos, mas for colapso total da monocoque. Lembre-se lá que a baquet estava agarrada ao corpo do pobre. O pára brisas era usado porque os pilotos tinham uma posição mais vertical, e como tal menos resguardada, também servia para ajustar o cockpit aos pilotos mais altos, veja lá a diferença de para-brisas dos McLaren M23 do James Hunt e do Jochen Mass em 76, já agora observe a diferença de altura do Rollbar de ambos, e olhe que há muitos mais exemplos. Já agora, em 3 nomes, dois estiveram no mesmo acidente: Gilles… Ler mais »
Tens razão em relação ao Giles foi precisamente o contrário, teria tido alguma (muito pouca) hipótese de sair vivo se os cintos tivessem cedido ja na Indy seria evidentemente ao contrário. È o que dá responder de cabeça. Em relação á posição dos pilotos, evidentemente há essa abismal diferença, de qualquer das maneiras não penso que o Halo seja solução, talvez o Aeroscream seja mais eficaz. Mas como tudo, e desta vez apenas para variar, concordo com a Red Bull, deviam dar mais tempo e estudar aprofundadamente o que poderia diminuir efectivamente o risco e preocuparem-se menos com a indemnização… Ler mais »
O caso Bianchi já devia estar encerrado. A familia está só a ver se saca algum, porque o rapaz morreu antes de eles terem proveito. A atitude que estão a ter é vergonhosa, e não acredito que Jules #17 Bianchi aprovasse, se fosse possível consultar a sua opinião. Muitos pilotos já perderam a vida em desportos motorizados, e se não estou em erro, é a primeira vez que uma família vem pedir “guito”. Faz lembrar o Pai da Amy Winehouse a tentar rentabilizar a imagem da filha depois de morta. Em relação á posição “deitada” dos pilotos, há que assinalar… Ler mais »
O que eu acho extraordinário é que com esta situação, acidentes como o do Massa ou do Senna vão continuar a acontecer. O halo só foi pensado para evitar contactos com “Tratores de 10T”. Já as pequenas peças voadoras, que são verdadeiros projecteis, irá continuar a acertar nos capacetes e a furar viseiras.
Simplesmente estúpido! e HORRIVEL!!!
Não! O Halo foi pensado para responder a acidentes em que o piloto é atingido por um grande objecto, como no caso do Henry Surtees na F2, que foi atingido por uma roda, ou do Vittorio Brambilla que também foi atingido por uma roda do Ronnie Peterson em Monza 10-09-1978, mas ninguém se lembra, só se lembram que ele ganhou o GP da Austria de 75 com carro já em aquaplanning e que foi mais um em que ele bateu (alguém se lembra que também ele foi bom nas motos?). Fica a faltar os pequenos objectos, como Helmut Marko e… Ler mais »
Concordo com o seu comentário, mas o que despoletou a “necessidade” e urgência de tal sistema foi o acidente do Bianchi.
No entanto continuo a achar inacreditável, que tendo eles um solução que poderia minimizar ambas as situações., escolheram a que só protege (especificamente) uma.
Sim, foi o acidente do Bianchi, mas acha que o Halo ou o Windscreen lhe salvariam a vida? Mika Hakkinen e Karl Wendlinger talvez possam esclarecer um pouco. Ambos sofreram graves concussões cerebrais em acidentes de F1, e sobreviveram porque o cérebro sofreu um impacto diferente do Bianchi. Bianchi não levantou o pé, o carro saíu e foi bater onde onde já tinha batido outro, só que antes de lá chegar, já lá estava um “Manitu”. Mais um piloto que perdeu a vida por não ter medo. Deixo a minha admiração, homenagem e o desejo de que apareçam mais pilotos… Ler mais »
Halo: Tapar o Sol com uma peneira