F1, Ferrari caiu de produção: “Temos que perceber o que aconteceu nas últimas corridas”, diz Sainz

Carlos Sainz teve um fim de semana discreto na Áustria, começou a corrida em quarto e terminou no pódio, com alguma sorte. Há altura em que se brilha e o resultado é pobre, desta vez foi o contrário.

Sentes que tu e a Ferrari maximizaram o pacote neste fim de semana?

CS: Sim, acho que sim. Penso que não havia muito mais a fazer este fim de semana. Fizemos um bom trabalho ontem na qualificação e no sprint. E hoje, estabelecemos os nossos objetivos para tentar bater os Mercedes. Conseguimos bater um, mesmo que um deles tenha ficado à frente. E depois fiquei atrás dos dois, passei o Lewis e depois era só tentar acompanhar o George.

Mas, como vimos ontem no sprint, parecia que eles tinham uma vantagem de meio décimo a um décimo de ritmo. Eram três, quatro, cinco segundos em que ele esteve na frente durante toda a corrida. E sim, pensei que era uma batalha pelo pódio, que ele ia ganhar.

E, no final, acabou por se tornar numa batalha pela vitória. Sim, tentámos tudo o que podíamos, mas sabemos que temos tido dificuldades nas últimas corridas. E, sim, neste momento, a Mercedes está um pouco mais rápida do que nós.”

Têm tido dificuldades nas últimas corridas. Este fim de semana é a prova de que a Ferrari está de novo em equilíbrio com este carro, que sabe como o maximizar?

CS: Acho que, no mínimo, prova que os dois últimos fins de semana não foram fáceis. Temos sido sempre o primeiro Ferrari a terminar atrás do primeiro Mercedes. Mesmo se contarmos com o Canadá, podemos dizer que foram três fins de semana seguidos. Por isso, penso que a Red Bull e a McLaren estiveram numa liga própria este fim de semana. Depois houve um passo.

Havia o George e eu a lutar pelo P3, P4. E sim, essa não era a situação no início do ano. Isso mostra que precisamos de trabalhar muito. Temos que perceber o que aconteceu nas últimas corridas.

E quando o percebermos, espero que já em Silverstone possamos dar um passo em frente e melhorar o nosso desempenho.”

Agora Silverstone. Diz que esperas poder dar um passo em frente. O que é que isso significa?

CS: “Vejo a fábrica a esforçar-se ao máximo para compreender os problemas com que nos deparámos nos últimos fins de semana e a tentar trazer já para Silverstone um pacote que nos permita ter um desempenho um pouco melhor nas curvas de alta velocidade, porque é claramente o nosso ponto fraco. Ontem, o Max foi muito mais rápido, mas não só o Max, também a Mercedes e a McLaren estavam claramente um passo à nossa frente nesse tipo de curvas. E sabemos que Silverstone é o rei da alta velocidade, por isso temos de dar um passo em frente. Obviamente, queremos ser competitivos lá. E vamos lutar por tudo o que pudermos e tentar encontrar tudo o que pudermos, desculpem, para nos tornarmos mais competitivos lá.

Os ressaltos nas curvas de alta velocidade foram um problema na corrida? E se sim, achas que está relacionado com a atualização?

CS: “Na corrida, é menos problemático porque levamos menos velocidade para as curvas de alta velocidade. O carro rola menos e, consequentemente, há menos ressaltos. Mas sim, obviamente, se o tivermos na qualificação, temos de configurar o carro de forma diferente para a qualificação e depois, provavelmente, pagamos o preço na corrida. Por isso, sim, não é uma situação ideal. Não nos torna bons na qualificação e não nos torna bons na corrida. Temos falado muito sobre o bouncing nos últimos fins de semana, o que mostra que tem sido um problema, mas acredito que também há outras coisas que precisamos de melhorar para, pelo menos, bater a Mercedes em Silverstone e tentar voltar a aproximarmo-nos da McLaren e da Red Bull.”